Famílias Interativas – twitencontro #educaredegi

Hoje por uma horinha rolou um debate sobre educação no Twitter. O tema era Famílias Interativas, idealizado pelo portal Educarede e a entrevistada do dia foi Samantha Shiraishi.

Os debatedores falaram basicamente sobre três temas:

1) A destreza dos pequenos no ambiente virtual, que muitas vezes não é acompanhada pelos responsáveis;

2) O muro que existe entre a prática tradicional das escolas e as novas ferramentas, que são subutilizadas ou mesmo rejeitadas pelos professores (a chata que puxou esse assunto fui eu!);

3) O uso da internet e da tecnologia em geral no cotidiano da família. Afinal, não adianta nada reclamar que a professora não ensina a filtrar, selecionar e mesclar conteúdo na web se a gente não faz nada disso.

Eu abri uma boa vantagem: uso internet diariamente desde 2003, comecei no trabalho. De 2000 a 2004 Marido e Filhote compartilhavam o computador do meu irmão, em casa. Em 2004 nos mudamos e o uso do micro ficou bem mais esporádico para eles. Em 2007 compramos o nosso computador. A internet em casa chegou apenas em setembro de 2009. Isso significa que marido e filha ainda estão no início da curva de aprendizagem, enquanto eu sou mais experiente. Então eu consigo orientá-la e nunca me senti “boiando” em relação às suas atividades na rede. Mas eu não fico do lado dizendo “vê isso, vê aquilo”, por dois motivos: primeiro que não funciona, as minhas indicações foram abandonadas; segundo que ela precisa trilhar o próprio caminho de descobertas. Eu só supervisiono.

Ah, eu e minha implicância com a escola… aconteceu essa semana o negócio que eu postei:

A Professora de Português pediu imagens que tivesse relação com um texto do livro. Filhote falou disso e depois reclamou da aulinha de informática. Eles passam um tempo jogando um game educativo. Eu comentei que a aula de informática devia estar à disposição dos outros professores. Quem passasse pesquisa reservaria esse tempo para pesquisar com os alunos. Pois veja o que a Samantha respondeu:

A conversa seguiu pelo caminho de que faz parte do cuidado de pai e mãe orientar nessas pesquisas. Orientar em qualquer coisa, diga-se de passagem. E voltamos ao primeiro problema, o dos pais que estão defasados em relação aos pequenos quando o assunto é internet. Eu não tenho esse problema, mas torço o nariz ao ver que os professores ainda têm. Então a Samantha pediu aos pais e mães que dissessem como nós usamos a internet, envolvendo nossas crianças.

Dei o exemplo do Evernote, que contém cadernos, provas escaneadas, mas também o meu caderninho de receita, notinhas, fotos, pesquisas para o blog… Mas o exemplo mais forte aqui em casa são os blogs. O Cantinho de Estudos é o mais importante. Tem mais posts meus que dela, ela ainda não está segura, mas meus posts surgem de conversas com ela, peço opinião, pergunto o que ela acha de determinado vídeo, as músicas são sempre relacionadas a um assunto que ela já viu em sala de aula. De vez em quando eu dou um empurrãozinho e ela escreve. O último post foi assim: mandei uma lista de perguntas para o email dela e disse que ela não podia escrever o post na forma de perguntas e respostas, teria que transformar as respostas no texto. Esse blog é importante, mas os outros têm um papel fundamental: fazem com que ela adquira a segurança para screvre. Ela fez um para o club pinguim e um para música. Nesses eu não sou co-autora e só faço correções quando ela me pede. O engraçado é que eu recomendei a plataforma Posterous, desencorajei o uso do WordPress (que uso há um bom tempo) e ela decidiu usar uma que me é estranha: o Blogger.

Sou apaixonada por web e por tecnologia, já levei até bronca em comentários por aí quando disse que pedi à professora para trocar a ilustração por um vídeo. Bronca de quem não me conhece. Sabe o tal trabalho da professora que faz cara feia quando ouve “internet”? Filhote não usou foto. Ela fez uma xiligravura, técnica que a mesma professora ensinou em sala de aula. Usar tecnologia significa usar a melhor ferramenta e desfrutar dela, seja ela uma coleção de sites espertos, um ebook reader, um mp6player ou um pote de tinta e uma plaquinha de isopor. O importante é ver a própria criança resolver suas questões e descobrir o prazer de aprender.

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